quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

RESPOSTA À MARIA LUIZA DA SILVEIRA SANTA MARIA


Carta aberta à população

Na Folha de São Paulo (folha ribeirão), caderno C, algumas coisas não ficaram claras. A afirmação da enfermeira Maria Luiza de que o material (filtro vencido) estava escondido e foi exibido para ‘denegrir trabalho’ não corresponde à verdade dos fatos. O que acontece é que a chefia não faz um controle de qualidade no que se refere ao vencimento dos equipamentos de proteção individual (E.P.I.) e não gera um documento na ocasião da devolução desses equipamentos, promovendo um trabalho incompleto.
Somente em 4 de fevereiro, quando denunciamos na TV o problema dos filtros vencidos e da roupa de proteção contra veneno a chefia deu ordem para recolher todos os equipamentos; lembrando que, antes de recorrer à TV houve muitas reclamações verbais dos agentes, avisando que as roupas já estavam vazando veneno e as máscaras estavam vencidas e algumas tinham cheiro forte de veneno. A ordem foi executada de corre-corre, de forma desorganizada e desastrada, sem o mínimo controle, sem documentação, sem recibo de devolução (recolha), sem datas e sem assinaturas; demonstrando uma  total falta de profissionalismo e falta de respeito com a saúde dos agentes e falta de respeito para com o patrimônio público.
A afirmação da enfermeira Maria Luiza foi leviana quando disse à Folha de SP que o filtro foi escondido para prejudicar o trabalho do município; ela não consegue provar essa acusação vazia e sem sentido porque não é verdadeira, não se sustenta, porque não faz sentido querermos prejudicar o nosso próprio trabalho e o nosso próprio município, a não ser que fôssemos perfeitos idiotas. Não somos.
Quando afirmei que os funcionários usaram filtros vencidos e que as roupas de proteção já haviam sido lavadas muito mais de 33 vezes falei a verdade e essa verdade se sustenta por si própria, porque no dia seguinte à denúncia, por ordem da chefia, passou-se em todas as distritais (bases Norte, Sul, Leste, Oeste e Central) recolhendo as máscaras, fato que se comprova facilmente, conversando com muitos agentes de controle de vetores. É fora de dúvida que, se alguém (imprensa ou Subdelegacia do trabalho...) anunciar para a chefia, uma visita, a chefia vai arrumar quem dê a informação “mais adequada para eles”. Agora, se chegar de surpresa, na hora do almoço das 12h às 13h, ou após as 16h, a verdade será apurada, porque é o horário que os agentes de campo estão nas bases.
Outro fato que sustenta a nossa denúncia é:
Por que a chefia cancelou a nebulização na sexta-feira 04 de fevereiro e no sábado 05 de fevereiro, as quais estavam agendadas??? Eu respondo!!! É porque não havia equipamento novo e descontaminado, e, após a nossa denúncia a situação poderia piorar, se continuasse jogando veneno com o equipamento velho...
Estou com a minha consciência tranqüila. Me preocupo com a saúde e a segurança dos meus companheiros e companheiras de trabalho. Temos de executar o trabalho, com  o máximo de segurança possível.


C i d a d ã o    L a é r c i o    P i r e s

13/02/2011 – É verão no Hemisfério Sul