terça-feira, 30 de junho de 2015

Epístola do meu mano novo - via email -

De Laerte PiresAdd contact
Assunto A idade do tempo
Seg. 18:17
Tive todas as idades da juventude.

Fui tão jovem que não me dei conta do tempo; experimentei o tempo que
curava todas as feridas; cheguei ao tempo em que a urgência atropela o
próprio tempo.

Ultrapassados meio século de existência já não há tempo para maturação de
velhos rancores ou cultivo de pequenos caprichos que se demorem a
desabrochar.

Parece fatalismo, mas não, é apenas pragmatismo.

Estatisticamente falando resta-me cerca de 20 ciclos pela frente

Apenas 20 comemorações de Natal e Ano Novo, 20 bolos de aniversário, 20
viagens de férias, 20 carnavais...

Claro que pode ser mais, e desejo que o seja, mas também pode ser menos, e
resigno-me se o for.
E se vinte realmente o forem, que sejam vinte verões, ainda que invernos
não nos assustem, pois estes a gente dribla com o calor da amizade.


Beijos de um velho amigo que se torna um ano mais velho e, quiçá, um ano
mais amigo,


L.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Um turbilhão de ideias revolve minha mente



É em reconhecimento ao Portal Olimpíada de Língua Portuguesa - Escrevendo o Futuro - que registro estas letras.


Ao concluir o curso “Leitura vai, escrita vem: práticas em sala de aula” percebi o quanto eu ainda não sei (nesse momento plagio Sócrates: “tudo que sei é que nada sei”). Acreditava, eu, que era um leitor competente; após o curso uma luz veio aclarar a minha mente me mostrando que há um longo caminho a trilhar. Mais importante que o Certificado a mim entregue é o aprendizado.

 Acredito que aprendi, sim, para poder ensinar melhor, mas, o material do curso compilado e acondicionado em meus arquivos me será de grande valia para que eu possa continuar me capacitando nessa tarefa-arte que é ensinar a leitura e a escrita. Certamente continuarei voltando a esses arquivos por muito tempo, como também alçarei novos voos pela área do conhecimento sobre esse assunto tão palpitante e importante para o desenvolvimento dos nossos jovens e do nosso país.

 Não consigo, nesse momento citar o que aprendi e o que vou aplicar aos meus alunos, tal é a grandeza e diversidade dos meus aprendizados nesse curso tão completo. Tudo que eu disser sobre proficiência, avaliação, parceria, planejamento de atividades para aplicar em sala de aula, ou dinâmicas e leitura em voz alta e silenciosa soará muito pobre diante do turbilhão de ideias  que ora renovam os meus pensamentos.

                Só tenho, mesmo, que agradecer aos organizadores e docentes deste curso e dizer que voltarei a esse portal em breve para novas aquisições.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Viver é muito maneiro

A vida é mega boa, nascer e ter uma infância feliz é fundamental. Eu tive. Depois a juventude, namoros, passeios, descobertas; tudo isso foi maravilhoso. Em seguida, casamento, filhos, netos... Por um período a gente quer mudar o mundo e se embrenha por caminhos de luta e aventuras sem saber aonde vai dar; por muitas vezes até arriscando o nosso bem maior, a vida. Mas, disse o Cristo em uma de suas parábolas: “para ganhar o ‘reino dos céus’ tem de nascer de novo”. Pois é depois de tudo, aos 67 anos, estou renascendo.

Estar vivo nesta idade e vivenciar a experiência de ser professor é uma coisa inexplicável. Somente quem passa por isso consegue saber como é. Receber demonstrações de afeto como esta na minha idade é uma verdadeira revolução em nosso ser, uma reciclagem completa de tudo que aprendemos com os materialistas dialéticos. Por isso eu digo que a cada dia me surpreendo com as novas gerações. Por isso que, como o mestre Paulo Freire, eu deixo de ser apenas um marxista para ser de fato um humanista.